Luciféricos

Eis a grande questão da humanidade: Aonde foi que erramos? Seguindo a tese espiritual e religiosa consolidada no ocidente, há à crença de que o homem está aqui como forma de pagamento dos seus próprios atos, consumados nos primórdios de sua existência. Carregamos nos dias atuais o karma de um sofrimento causado pelos nossos “pais”, Adão e Eva que sucederam-se após comer o fruto da árvore do conhecimento e, como castigo, foram expulsos do tal paraíso cedido pelo criador.
Tais consequências são idênticas ao ocorrido com Lúcifer, anjo que segundo a crença, se opôs a entidade superior. Ambos os casos trazem o questionamento do livre arbítrio: Qual o poder de escolha que temos? Se opor e contrariar as divindades faria algum ser tornar-se mal? Diante dessas indagações, nota-se que, ambos adventos não carregam causas de carga negativa, vide Lúcifer. O anjo decidiu que, por si só, desejaria tomar suas próprias decisões, andar com as próprias pernas e, ao contrário do que dizem, não foi na contra-mão, mas, sim, fez seu próprio caminho, suas próprias escolhas.
Em tempos contemporâneo, o ato soa, um tanto quanto, natural. Trilhamos nossos próprios caminhos sem tal julgamento, então, sendo assim, onde está o pecado? Onde está o livre arbítrio?
Somos seres luciféricos e seguimos àquele que renegamos e foi renegado. A evolução espiritual está trancada a sete chaves ou até mesmo foi tomada pelas águas, talvez, a mesma do tal dilúvio que encobriu os Pilares de Hércules em Atlântida.

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